A introdução de apresentação de cases de jornalismo local ou periférico foi uma das novidades da programação do 9º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação, realizado entre os dias 25 e 26 de agosto.
Nesta edição, quatro jornalistas apresentaram projetos que enfocaram o cenário da educação inclusiva em Pernambuco, iniciativas locais em escolas da Amazônia e do estado de São Paulo e a educação voltada para a convivência no semiárido brasileiro.
A cobertura da #Jeduca2025 e as mesas de debates e cases estão disponíveis no site e no canal de Youtube da Jeduca.
Ver essa foto no Instagram
A jornalista Mariana Clarissa apresentou a série “Educação Inclusiva”, produzida pela equipe do Instituto Eficientes.
Além da reportagem em texto, disponível no site do Marco Zero, foram produzidos seis vídeos curtos para o Instagram, explicou Mariana. Os episódios percorrem o cenário e os desafios da educação inclusiva no Brasil e em Pernambuco, trazendo relatos de pessoas com deficiência na educação básica e no ensino superior, além de mostrar como a educação inclusiva impacta o acesso ao mercado de trabalho.
“A ideia é que a escola seja inclusiva. Todos os professores precisam ter uma comunicação e metodologias acessíveis, para que todos os estudantes, inclusive as pessoas com deficiência, possam receber formação e educação. Isso vale não só para as escolas, mas também para as universidades”, afirmou Mariana.
O especial Lições da Amazônia foi produzido pela equipe do Amazônia Vox e apresentado pelo jornalista Daniel Nardin.
O Jornalismo de Soluções, explicou Daniel, busca “falar sobre um problema a partir da sua resposta”. Seguindo essa perspectiva, a série multimídia apresenta histórias de iniciativas locais em escolas dos municípios de Ulianópolis, Moju, Itacoatiara, Manicoré e Presidente Figueiredo, situados nos estados do Pará e Amazonas.
“Quando você recebe a informação de que existem professores realizando um trabalho importante e iniciativas comunitárias dando resultados, conseguimos mostrar que não é preciso levar soluções de fora para dentro da Amazônia — basta reconhecer e apoiar o que já é feito lá dentro”, destacou Daniel.
O jornalista Vagner de Alencar, cofundador e diretor de jornalismo da Agência Mural, apresentou a série de podcasts “Vale Nota”, que retrata experiências extracurriculares de escolas públicas da região metropolitana de São Paulo.
“A ideia foi mergulhar nesse cotidiano e compreender as experiências criadas por gestores e professores, além de como elas têm impactado o ensino de forma positiva”, contou Vagner.
Além dos sete episódios do podcast, a produção incluiu vídeos curtos para as redes sociais. Vagner também destacou o trabalho artístico das capas e ilustrações, bem como a importância da rede de correspondentes locais para o mapeamento das iniciativas.
“Nós queríamos que as crianças fossem protagonistas deste podcast, principalmente levando em consideração como a região Nordeste foi estereotipada por décadas; isso não foi diferente com as crianças”, afirmou Jayanne Rodrigues, ao apresentar a série de podcasts Sertão do Futuro, produzida pela equipe da Cajueira.
Em três episódios, o podcast mostra, a partir de depoimentos de crianças, educadores e famílias, como funciona a educação contextualizada para a vivência no semiárido brasileiro.
Segundo a jornalista, além de dar protagonismo às crianças sertanejas, o projeto nasceu com o propósito de desmistificar preconceitos propagados em relação à região.
O 9º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação da Jeduca contou com o patrocínio de Imaginable Futures, Instituto Unibanco, Fundação Bradesco, Fundação Lemann, Fundação Itaú, Arco Educação, Fundação Telefônica Vivo, Grupo Eureka, Instituto Ayrton Senna, Instituto Natura e Santillana Educação e apoio da Fecap, Instituto Sidarta, do Colégio Rio Branco e da Loures. Conta também com apoio institucional da Abej, Abraji, Ajor, Canal Futura, Coalizão em Defesa do Jornalismo e Instituto Palavra Aberta.