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Camila Araujo/Oboré Projetos Especiais
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Cobertura da política de cotas exige posicionamento do jornalista

Especialistas defendem uma postura mais transparente por parte da imprensa em reportagens sobre temáticas raciais

12/09/2022
Thaís Magalhães-Manhães/Oboré Projetos Especiais*

Apesar da melhoria da cobertura ao longo dos 10 anos de existência da Lei de Cotas para acesso à educação superior, os participantes da mesa sobre o tema colocaram em xeque o ditame de  ouvir todos os lados. Segundo eles, ao cobrir temáticas raciais essa prática pode acarretar numa simplificação excessiva e estimular a polarização do debate público ao dar pesos iguais a pontos de vista diferentes, marcados pela desigualdade.

 

Para exemplificar, Luiz Augusto Campos, professor de sociologia da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), fez uma analogia com a cobertura sobre violência urbana. “Nenhum veículo entrevista um especialista em crime e, depois, um criminoso para saber a opinião dele sobre a violência no Brasil”, comparou.

 

Também participaram da sessão Luanda de Moraes, que foi a primeira reitora negra da Uezo (Centro Universitário Estadual da Zona Oeste), no Rio de Janeiro, e Dyane Brito Reis, professora da UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia). A mediação foi do jornalista Pedro Borges, editor-chefe do portal Alma Preta.

 

Em sua participação, Luanda defendeu que, ao comunicar sobre a temática, o jornalista deve assumir sua posição a favor ou contra as cotas raciais. “Estou do lado que reconhece a necessidade das cotas ou do lado de questionar as leis”, afirmou.

 

“Existe uma diversidade de gênero, etária e de lugar. Há bancas de heteroidentificação que não têm apenas professores, servidores e alunos. Chamam a comunidade externa também, como por exemplo, representantes de movimentos sociais”, disse Dyane.

 

O mediador Pedro Borges lembrou o ativista Helio Santos quando afirmou que a universidade pública é o único serviço público que a classe média branca utiliza, depois de dispensar a saúde e a educação básica pública, por exemplo. “A classe média queria a universidade pública como monopólio”, disse.

Confira abaixo a íntegra da mesa:



 

O 6º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação da Jeduca conta com o patrocínio master de Itaú Educação e Trabalho e Instituto Educbank, patrocínio de Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Fundação Telefônica Vivo, Instituto Península, Instituto Unibanco, Itaú Social e  Santillana Educação, XP Educação e apoio da Fecap, Canal Futura/Fundação Roberto Marinho, Colégio Rio Branco,  Loures Consultoria e Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil.

 


*Edição: Ronald Sclavi e Ilustração: Camila Araújo

 

A cobertura oficial do 6º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação é realizada por estudantes, recém-formados e jornalistas integrantes da Redação Laboratorial do Repórter do Futuro, da OBORÉ. A equipe opera sob coordenação do Conselho de Orientação Profissional e do núcleo coordenador do Projeto, com o apoio da editoria pública e da equipe de comunicação da Jeduca (Associação de Jornalistas de Educação).

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