Newsletter da Jeduca
Em 2017, como editora pública da Jeduca, atendi, em média, um jornalista a cada três dias em busca de orientação para suas matérias de educação. Considerando que essa cobertura não costuma ser prioridade nas (cada vez mais enxutas) redações, o volume de consultas não é desprezível; pelo contrário, revela um interesse e uma disposição por parte dos jornalistas para trabalharem uma pauta estratégica para o país.
Ao todo, foram 112 demandas que geralmente se desdobraram em quatro ou cinco trocas de e-mails, mensagens de WhatsApp/Messenger ou ligações telefônicas. Estas se somam a 80 demandas recebidas pela editora pública entre julho e dezembro de 2016, totalizando 192 desde a criação da Jeduca, em junho de 2015.
O serviço, que é gratuito e aberto a todo jornalista (inclusive àqueles que não são associados da Jeduca nem setoristas da área), funciona todos os dias, sem limitações de horário. Para usá-lo, basta fazer uma ligação ou enviar uma mensagem, a depender da urgência da pauta e da necessidade do jornalista (veja aqui links para contato com a editora pública).
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As demandas
Os registros das demandas possibilitam um olhar em perspectiva da cobertura de educação. Embora se refiram a um universo específico, através deles é possível vislumbrar o tipo de demanda mais frequente, a origem delas, os tipos de veículo que mais procuram o serviço, entre outras características.
A maioria dos jornalistas que procura a editora pública é do Sudeste, em especial da cidade de São Paulo, 55% do total. Também se destacam Rio de Janeiro (13) e Brasília (8). Porto Alegre e Florianópolis respondem, juntas, por 5 demandas; no Nordeste, foram 4 demandas de João Pessoa, 2 de Salvador e 1 de Recife em todo ano de 2017. No Norte, foram duas consultas, de Manaus.
A concentração de solicitações no Sudeste e em Brasília não chega a ser surpreendente, pois é nesta região que estão os maiores e principais jornais, revistas e portais.
No que diz respeito ao tipo de veículo, predominam os impressos – lembrando que todos têm suas plataformas online que replicam matérias publicadas em jornais e revistas. Do total, 70 demandas foram de jornalistas ligados a um veículo de comunicação (impresso, TV, rádio ou web). No conjunto de veículos, predominam os jornais (33), seguidos das demandas feitas por jornalistas ligados a organizações sociais, sindicatos ou universidades (17) e por profissionais de veículos web (13).
O principal tipo de demanda é por orientação de pauta, por vezes associado a pedido de indicação de fonte: 48. O segundo tipo de solicitação mais frequente foi indicação de fonte (22), seguido de dúvidas sobre dados ou legislação (14).
Os temas das solicitações tendem a estar ligados a assuntos que estão em evidência – ou seja, divulgação de relatórios de avaliações ou estudos, ao lado de anúncios ligados às políticas educacionais. Raras são as demandas relacionadas a investimentos de reportagem feitos por um jornalista.
Há uma grande diversidade de temas, alguns pouco comuns – como educação de crianças refugiadas e legislação sobre ensino militar. No entanto, predomina a pauta ditada pelas políticas educacionais, sobretudo relacionada à educação básica. Das 112 demandas, somente 13 são relacionadas ao ensino superior.
No campo da educação básica, em 2017, o tema que mais mobilizou a atenção dos jornalistas que procuraram a editora pública da Jeduca foi a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), com 14 demandas em todo o ano.
Outros temas que levaram a atendimentos foram educação infantil (oferta, acesso e qualidade do atendimento), com 5 demandas; reforma do ensino médio (5), carreira docente (5) e formação de professores (5).
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