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Alice Vergueiro/Jeduca
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Educação na Amazônia precisa considerar as especificidades locais

Entre os desafios destacados em mesa do 6º congresso da Jeduca estão a formação de indígenas como professores, além do ensino intercultural, que abranja o local e universal

12/09/2022
Natasha Meneguelli/Oboré Projetos Especiais*

"Amazônia: se você fechar o olho, você enxerga um mar verde", disse Kátia Schweickardt, professora da UFAM (Universidade Federal do Amazonas), ao explicar a importância dos jornalistas se desfazerem de estereótipos ao cobrir educação na região Norte do país. 

 

Em sua participação no 6º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação da Jeduca, em São Paulo,  Katia abordou os desafios do ensino público na maior floresta tropical do mundo, ao lado de Raimundo Kambeba, diretor de uma escola indígena em Manaus (AM).

 

Ambos enfatizaram os principais pontos culturais e sistêmicos que diferenciam a educação na Amazônia e destacaram a ausência de cobertura jornalística no território. A mediação ficou a cargo da jornalista Karina Yamamoto, gerente de comunicação do WWF e membro do Comitê da Jeduca.

 

Entre os pontos enfatizados na mesa, há a formação dos indígenas como professores, já que o ensino deve ser intercultural, que abrange a cultura local e universal. "Tem que estar preparado para esses dois mundos", afirmou Kambeba.

 

Além disso, quanto à infraestrutura, eles explicaram sobre a falta de acesso digital, e chamaram a atenção sobre o fato de as políticas públicas nacionais não considerarem a realidade local, ao disponibilizar materiais de ensino, infraestrutura e orçamento. Segundo a professora da UFAM, o custo aluno do Amazonas não pode ser o mesmo do Paraná. "A gente avançou muito nos recursos, mas eles não estão regionalizados", completou, sobre a ausência de estratégias que considerem a diversidade do território.

 

De acordo com Kátia, para garantir a sobrevivência do bioma é preciso assegurar educação de qualidade e adaptada à realidade local. Para ela, a estratégia deveria ser direcionar os alunos e a sociedade a acreditarem “na floresta em pé” como ativo econômico para fortalecer o território. “Desenvolver cadeias produtivas com a floresta em pé", reiterou a educadora.

 

Especificamente sobre o papel dos profissionais da comunicação, Kabmeba concluiu que "precisamos que o jornalismo chegue mais [na Amazônia]. Vocês jornalistas são nosso potencial para melhoria da educação na Amazônia".

Confira a íntegra da mesa no vídeo abaixo:



 

O 6º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação da Jeduca conta com o patrocínio master de Itaú Educação e Trabalho e Instituto Educbank, patrocínio de Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Fundação Telefônica Vivo, Instituto Península, Instituto Unibanco, Itaú Social e  Santillana Educação, XP Educação e apoio da Fecap, Canal Futura/Fundação Roberto Marinho, Colégio Rio Branco,  Loures Consultoria e Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil.

 

*Edição: Anelize Moreira


A cobertura oficial do 6º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação é realizada por estudantes, recém-formados e jornalistas integrantes da Redação Laboratorial do Repórter do Futuro, da OBORÉ. A equipe opera sob coordenação do Conselho de Orientação Profissional e do núcleo coordenador do Projeto, com o apoio da editoria pública e da equipe de comunicação da Jeduca (Associação de Jornalistas de Educação).

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