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Alice Vergueiro/Jeduca
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Especialistas defendem jornalismo a serviço da educação midiática

Para os participantes da mesa de encerramento do 7º Congresso da Jeduca, o desenvolvimento da percepção crítica da mídia cria um campo de democratização do conhecimento e acesso à informação

25/09/2023
Thaís Magalhães-Manhães/Oboré Projetos Especiais*

(Com edição de Ronald Sclavi/Oboré Projetos Especiais*)

 

A educação mediática é o conjunto de ferramentas para o cidadão analisar criticamente os conteúdos no ambiente digital. E é importante que o jornalismo profissional adote um tom mais educativo, visto que ele tem por finalidade produzir e distribuir informação de qualidade. Este foi uma das linhas de debate que marcaram a mesa de encerramento do 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação da Jeduca, que aconteceu nos dias 18 e 19 de setembro, no Teatro Fecap, em São Paulo (SP).


“Simplificar a vida de quem está lendo, assistindo e vendo é um gesto de educação midiática”, afirma Alexandre Sayed, um dos palestrantes. Ele é co-presidente da aliança internacional da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) para educação midiática e diretor da ZeitGesit. 


A sessão mediada por Maria Rehder, da Unesco, também  recebeu como convidadas para o debate: Maria Sylvia Spínola, pesquisadora formada pela Unesp (Universidade Estadual Paulista), e Ellen de Paula, coordenadora executiva da Viração Educomunicação. 


Para Sayed, o objetivo da educação midiática é formar o cidadão para transitar no ambiente digital. “A educação midiática vem para desenvolver uma série de habilidades para você poder ler, analisar e publicar a informação de maneira crítica no ambiente informacional de hoje que é extremamente poluído”, explicou. 


Já Ellen chamou a atenção para a definição de educomunicação, campo que dialoga com a educação midiática, e seu papel enquanto campo de intervenção social que precisa ser democrático. “É o conjunto de habilidades e práticas comprometidas em desenvolver ecossistemas comunicacionais que sejam abertos, mediados por linguagens comunicativas no campo da comunicação, das artes e das tecnologias de informação. Nós [da Viração], conceituamos a educomunicação como campo de intervenção social, política e criativa”, afirmou.


A pesquisadora Maria Sylvia, mestre em ensino e educação, criticou o que considera uma falta de didatismo do jornalismo brasileiro. “É preciso mostrar a diferença entre um editorial, um artigo de opinião, uma reportagem e uma notícia, por exemplo”, afirmou a professora. 


Para os palestrantes, ler e escrever criticamente, beber de fontes científicas, ter base argumentativa factual e participar da sociedade de forma ética, é a tríade da educação midiática. “Essa tríade conversa muito bem com a competência número dois da BNCC [Base Nacional Comum Curricular], por exemplo, que fala sobre construção do pensamento crítico, reflexivo”, contextualiza Spínola. A BNCC é o documento que norteia os currículos dos sistemas e redes de ensino das Unidades Federativas.


Atrelado a isso, Ellen de Paula defende a luta pela comunicação como direito da criança, do adolescente e do jovem. A coordenadora da Viração defende que crianças e adolescentes são “atravessados por diversos marcadores sociais - como por exemplo, raça, gênero e classe”, devem ter “a possibilidade de contar suas próprias histórias, de construir conhecimento e informação com interlocutores que são seus pares, mas também com outros interlocutores que estão distanciados das suas realidades”, afirmou.

Confira a mesa completa abaixo:

 


O 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação da Jeduca conta com o patrocínio master de Fundação Itaú, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e YouTube, patrocínio ouro de Fundação Lemann, Fundação Telefônica Vivo, Instituto Sonho Grande e Instituto Unibanco, patrocínio prata de Instituto Península e Santillana Educação, apoio do Instituto Ibirapitanga, Fecap, Canal Futura, Colégio Rio BrancoConsulados dos EUA no Brasil, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e Loures Consultoria e apoio institucional da Abraji, Ajor, Unesco MIL Alliance, Énois, Jornalistas&Cia, Instituto Palavra Aberta e Núcleo Jornalismo.


* A cobertura oficial do 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação foi realizada por estudantes, recém-formados e jornalistas integrantes da Redação Laboratorial do Repórter do Futuro, da OBORÉ. A equipe opera sob coordenação do Conselho de Orientação Profissional e do núcleo coordenador do Projeto, com o apoio da editoria pública e da equipe de comunicação da Jeduca (Associação de Jornalistas de Educação).

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