O 9º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação da Jeduca, que aconteceu nos dias 25 e 26 de agosto, contou com oficinas de formação para os congressistas que participaram do evento presencial.
O uso de ferramentas de IA no jornalismo e a cobertura da educação indígena e quilombola foram alguns dos temas das oficinas, nas quais jornalistas, comunicadores e estudantes puderam aprofundar seus conhecimentos em aspectos específicos da cobertura de educação e da prática jornalística.
As oficinas foram realizadas apenas no formato presencial, mas as mesas de debate e as palestras já estão disponíveis no canal de Youtube da Jeduca.
No dia 25, Manuela Thamani, diretora-executiva do Observatório da Branquitude, e Luciene Kaxinawá, coordenadora geral da Abrinjor (Articulação Brasileira de Indígenas Jornalistas), ministraram a oficina “Cobrindo a educação indígena, quilombola e outros saberes ancestrais em ano de COP30 e da revisão do PNE”.
Na atividade, organizada pela Imaginable Futures - uma das patrocinadoras do evento, elas falaram sobre como a crise climática se relaciona com as desigualdades raciais e a educação, o cenário da desigualdade através de dados e as oportunidades de pautar a educação e dar visibilidade a vozes negras e indígenas durante a COP30.
O uso de dados do Inaf (Indicador de Analfabetismo Funcional) nas reportagens foi tema da oficina “Direito ao futuro: como os dados sobre alfabetismo funcional podem ser usados na cobertura”, oferecida pela Fundação Itaú - uma das patrocinadoras do evento.
Beatriz Almeida, analista de pesquisas e dados do Observatório Fundação Itaú, Fernanda Cury, do Inaf, e Marisa Villi, diretora executiva da Rede Conhecimento Social, trouxeram os principais dados do Inaf 2024, o cenário de analfabetismo no Brasil e recortes de gênero e raça e a relação da inserção dos jovens no mercado de trabalho.
Na oficina “Visibilidade com evidência: dados educacionais sobre estudantes LGBTQI+ no Brasil”, oferecida pelo Instituto Unibanco - um dos patrocinadores do evento, Rafaelly Wiest, ativista e diretora administrativa da Aliança Nacional LGBTI+, junto com Antônio Gois, um dos fundadores e membro do Conselho da Jeduca, apresentou dados sobre adolescentes e jovens LGBTI+ no ambiente educacional brasileiro.
No último dia de congresso, Luiz Fernando Toledo, diretor da Jeduca e repórter da BBC Brasil, e a jornalista de dados Judite Cypreste conduziram a oficina “Como a inteligência artificial pode nos ajudar em tarefas de jornalismo? (e como evitar armadilhas)”.
Por meio de exemplos práticos de apuração, eles falaram sobre como incorporar a IA pode ajudar na produção de reportagens e discutiram seus desafios e oportunidades da tecnologia.
Como construir histórias de transformação social evitando o sensacionalismo e o assistencialismo? Esse foi o mote da oficina “Jornalismo de impacto: comunicação estratégica na educação de pessoas em vulnerabilidade social”, organizada pela Fundação Bradesco - uma das patrocinadoras do evento.
A oficina foi conduzida por Érica Fortuna, doutora em Comunicação pela UERJ, Erick Nogueira, especialista em Relações Públicas de Educação, e Amanda de Oliveira, jornalista pela UFPA, que apresentaram exercícios práticos e ferramentas estratégicas de comunicação.
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O 9º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação da Jeduca contou com o patrocínio de Imaginable Futures, Instituto Unibanco, Fundação Bradesco, Fundação Lemann, Fundação Itaú, Arco Educação, Fundação Telefônica Vivo, Grupo Eureka, Instituto Ayrton Senna, Instituto Natura e Santillana Educação e apoio da Fecap, Instituto Sidarta, do Colégio Rio Branco e da Loures. Conta também com apoio institucional da Abej, Abraji, Ajor, Canal Futura, Coalizão em Defesa do Jornalismo e Instituto Palavra Aberta.