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Alice Vergueiro/Jeduca
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Jornalismo de qualidade é a melhor resposta à disputa por audiência nos meios digitais

Representantes dos maiores sites de notícia do país debateram sobre as estratégias para engajar a audiência sem arriscar a credibilidade dos veículos

24/09/2023
Karen Ramos/Oboré Projetos Especiais*

(Com edição de Ronald Sclavi/Oboré Projetos Especiais*)

 

Em tempos de redes sociais e ferramentas de busca, a audiência é uma das palavras-chave ao pensar na sobrevivência do jornalismo. Jornais e sites de notícias competem com diversas plataformas de conteúdo, como TikTok e YouTube, pela atenção do leitor. 

 

Apesar de o desafio ser grande desafio, a resposta ainda está no jornalismo de qualidade, afirmam representantes dos maiores sites de notícias do país, que participaram da mesa “O que dá audiência no jornalismo de educação?”, no segundo dia do 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação da Jeduca, que teve mediação de Marcelo Soares (Lagom Data).
 

“Não escolhemos a notícia só pensando na audiência. A audiência é um dos recortes na hora de escolher o que você vai distribuir”, disse Bruna Monteiro de Barros, editora-chefe da homepage do UOL.

 

Para Ardilhes Moreira, coordenador de educação do G1, é importante que a cobertura traga impacto e seja relevante como produto. Mas, para isso, outros aspectos não podem ser esquecidos: “nosso desafio é conseguir que esses repórteres tenham voz e consigam expor sua visão de mundo, trazer o que eles olham e enxergam da educação. Essa é a provocação para eles. Equilibrar com as demandas que sabemos historicamente do que funciona ou não com o que precisamos fazer na educação”.

 

Existe espaço para boas histórias, destacou a editora do UOL. Mas, a busca pela audiência começa também no processo da construção da pauta. “Como você vai vender essa pauta? Vai pensar um personagem e embalar isso de uma maneira interessante para contar ao público, vai fazer uma boa edição para virar uma boa história, fazer um bom título, uma boa foto”.

 

“Você tem que escolher onde você vai postar e em que assunto vai investir”, refletiu Fabio Leite, editor da sucursal do portal Metrópoles em São Paulo. “Ao invés de escrever uma baita reportagem contando tudo, pode ser importante você dividir em tópicos. Até porque, dependendo do assunto que está tratando, um tema pode interessar mais aos professores, outro, aos alunos ou pais de alunos”, acrescentou. Segundo o editor, no lugar de histórias abrangentes, o jornalista deve buscar os casos concretos para atrair a atenção do leitor.

 

Ardilhes Moreira enfatizou a importância de se apoiar nos ganchos do calendário anual da educação ao pensar em distribuição, de maneira que a produção circule sem disputar com outros temas. Apesar da necessidade de acompanhar as pautas de governo, o jornalista ressaltou que a relevância se prova com o impacto na sociedade. “O leitor devolve essa relevância”, afirmou.

 

Em meio a novas tendências para adaptar as linguagens do jornalismo aos canais de distribuição, Bruna Monteiro de Barros reafirmou a necessidade das estratégias de SEO. Entretanto, a editora-chefe aconselha evitar formatos prontos e modismos como muleta no desenvolvimento de uma matéria. A aposta são títulos diretos e testar diferentes abordagens.

 

Ainda sobre o título, Ardilhes pontuou que esse elemento de edição representa um “contrato com o leitor” que não pode ser rompido. O repórter deve estar comprometido na cobertura e entregar aquilo que prometeu. Para o jornalista, o título deve conter uma unidade mínima de conteúdo e apresentar um conflito que capture o público.

 

Já nas redes sociais, o editor do Metrópoles apontou para uma possibilidade: entregar o produto finalizado aos usuários e pensar em outras maneiras de monetização, de acordo com cada plataforma.

 

Confira a mesa completa abaixo:

 

 

O 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação da Jeduca conta com o patrocínio master de Fundação Itaú, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e YouTube, patrocínio ouro de Fundação Lemann, Fundação Telefônica Vivo, Instituto Sonho Grande e Instituto Unibanco, patrocínio prata de Instituto Península e Santillana Educação, apoio do Instituto Ibirapitanga, Fecap, Canal Futura, Colégio Rio BrancoConsulados dos EUA no Brasil, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e Loures Consultoria e apoio institucional da Abraji, Ajor, Unesco MIL Alliance, Énois, Jornalistas&Cia, Instituto Palavra Aberta e Núcleo Jornalismo.

 

A cobertura oficial do 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação foi realizada por estudantes, recém-formados e jornalistas integrantes da Redação Laboratorial do Repórter do Futuro, da OBORÉ. A equipe opera sob coordenação do Conselho de Orientação Profissional e do núcleo coordenador do Projeto, com o apoio da editoria pública e da equipe de comunicação da Jeduca (Associação de Jornalistas de Educação).

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