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Alice Vergueiro/Jeduca
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Jornalismo de soluções possibilita um novo olhar sobre a prática da reportagem

Em mesa do 7º congresso da Jeduca, jornalistas debateram o conceito e como ele pode ser útil para a cobertura de educação

19/09/2023
Lucas Andrade/Oboré Projetos Especiais*

(Com edição de Ronald Sclavi/Oboré Projetos Especiais*)


Jornalismo de soluções é uma forma recente de praticar o jornalismo, que não se limita ao apontamento de problemas, mas procura mostrar as soluções para o assunto que está sendo noticiado. 

Esta foi a tônica da discussão sobre a mesa “Educação na América Latina e o Jornalismo de Soluções”, que teve a participação de Stella Bin, jornalista argentina autora da newsletter Hora Libre e de Daniel Nardin, jornalista do Amazonia Vox e  mediação de Pedro Lima, do Canal Futura. O debate ocorreu durante o 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação, organizado pela Jeduca.


Para Pedro Lima, o jornalismo de soluções é “um conceito, um modelo, que tem muito a agregar aos jornalistas e ao jornalismo de educação. É preciso ter um olhar mais positivo sobre os problemas da educação”. Em síntese, ele defende que é preciso buscar respostas reais para problemas reais, principalmente na educação. Lima afirmou que “jornalismo de soluções é um jornalismo que escuta e que é participativo”.


Stella Bin disse que “jornalismo de soluções é uma maneira de se olhar e de se aproximar dos problemas do cotidiano. É aquele jornalismo que reporta muito bem os problemas. E uma vez que ele está muito bem investigado, soma-se às soluções”.


Na visão dela, é preciso incorporar às reportagens as maneiras como as pessoas podem resolver um problema ou já o resolveram. Ela exemplificou com o caso dos ataques às escolas: é preciso relatar os problemas envolvidos nesses episódios, mas a cobertura não pode parar neste ponto. “É preciso agregar o jornalismo de soluções. Contar o que outras escolas estão fazendo para evitar o problema e se elas se inspiraram em outras escolas, adaptando as soluções originais”.


Já Daniel Nardin destacou que, para fazer jornalismo de soluções, é preciso ouvir as pessoas que estão diretamente envolvidas no problema e nas possíveis respostas para ele.


O jornalista do Amazônia Vox afirmou que se fala muito da região Norte, “mas é preciso partir do princípio que é necessário ouvir quem é da Amazônia”. Nardin afirmou que o jornalismo de soluções dá força às iniciativas locais. “Não venha com soluções prontas para ensinar as pessoas a fazerem algo, conheça a realidade delas”.


Em contrapartida, ele apontou que o jornalismo de soluções “não é o herói, não é a bala de prata”, alertando que é preciso ter cuidado para que a reportagem não vire “chapa-branca” e evitar que para que o texto enfatize somente os aspectos positivos. “O jornalismo de soluções precisa mostrar um problema, uma resposta a ele, inspirar soluções e mostrar as limitações das resoluções”, finalizou Daniel.


Por fim, Stella Bin disse que para o jornalismo de soluções ser sustentável é necessário “que o jornalista esteja convencido de que esta é forma de se fazer jornalismo”, independentemente da plataforma para a qual ele será produzido. “É necessário que o jornalista dedique metade do tempo da apuração em descobrir o que está errado e outra metade é dedicada em buscar as respostas”, concluiu.

 

Confira a íntegra da mesa abaixo:




O 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação da Jeduca conta com o patrocínio master de Fundação Itaú, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e YouTube, patrocínio ouro de Fundação Lemann, Fundação Telefônica Vivo, Instituto Sonho Grande e Instituto Unibanco, patrocínio prata de Instituto Península e Santillana Educação, apoio do Instituto Ibirapitanga, Fecap, Canal Futura, Colégio Rio BrancoConsulados dos EUA no Brasil, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e Loures Consultoria e apoio institucional da Abraji, Ajor, Unesco MIL Alliance, Énois, Jornalistas&Cia, Instituto Palavra Aberta e Núcleo Jornalismo.

* A cobertura oficial do 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação foi realizada por estudantes, recém-formados e jornalistas integrantes da Redação Laboratorial do Repórter do Futuro, da OBORÉ. A equipe opera sob coordenação do Conselho de Orientação Profissional e do núcleo coordenador do Projeto, com o apoio da editoria pública e da equipe de comunicação da Jeduca (Associação de Jornalistas de Educação).

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