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Alice Vergueiro/Jeduca
Congressos

Mudanças de governo desafiam jornalistas a renovar o olhar para a cobertura

Quatro repórteres de diferentes partes do país contam suas experiências e dão dicas de pautas de educação em mesa do #Jeduca 2023

21/09/2023
Kethilyn Mieza/Oboré Projetos Especiais*

(Com edição de Ronald Sclavi/Oboré Projetos Especiais*)

A escassez de dados e as dificuldades de contato com o MEC (Ministério da Educação) foram algumas das situações que marcaram o governo Bolsonaro nos últimos quatro anos e afetaram diretamente o trabalho dos jornalistas. Durante esse tempo, os profissionais buscaram caminhos para conseguir passar pelas barreiras da desinformação.


Esse foi um dos temas da mesa “O jornalismo de educação hoje”, no 7
º congresso da Jeduca, que contou com os jornalistas Bruno Alfano (O Globo), Paula Ferreira (O Estado de S.Paulo) e Thatiany Nascimento (Diário do Nordeste). A mediação foi de Paulo Saldaña, repórter da Folha e diretor da Jeduca.

 

A busca por novos caminhos de apuração que não dependessem de pedidos de informação ao MEC trouxe para os jornalistas novas perspectivas de apuração. Um dos pontos levantados por Saldaña foi a análise de dados que resultaram em reportagens, como, por exemplo, as denúncias envolvendo o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e supostas fraudes nos kits de robótica para escolas de Alagoas.


Paula Ferreira, que assim como Saldaña trabalha em Brasília, chamou a atenção para a importância de sempre ter em mente “uma pauta que quer muito fazer” para não ficar em função somente do dia a dia. 


“Em Brasília tem essa peculiaridade, senão você fica refém do que está acontecendo no dia. Sempre tem muita coisa acontecendo no Congresso, no Planalto e você tem que escolher as suas batalhas”, conta. “Por isso, todos os dias eu procuro olhar nem que seja três células de Excell para aquela pauta que eu quero publicar no fim do mês e não tem necessariamente a ver com as pautas do dia”, conclui a jornalista.


Na mesa, os participantes também deram dicas de possíveis pautas de educação nos próximos meses. Com o novo governo, Thatiany Nascimento acredita que assuntos relevantes para o ambiente escolar e que deixaram de ser tratados com a devida complexidade no período Bolsonaro - ideologia de gênero, sexualidade e racismo, por exemplo - devem voltar para as manchetes com novos olhares. “Houve um rebaixamento do debate público, evitava-se falar sobre certos temas porque poderiam gerar polarização. Hoje estamos num momento que não é fácil ainda, estamos numa transição para pautar o debate público e tratar de certos temas sem medo de abordar essa complexidade”, diz. 


Outra diferença da cobertura no atual governo em relação ao anterior foi a melhora no acesso a dados e a abertura de debates sobre o Novo Ensino Médio, assunto que já estava em alta no início do governo Lula e ficou mais latente com o passar dos meses.  O novo PNE (Plano Nacional de Educação) é também uma preocupação para os jornalistas, que precisam buscar meios e fontes para conseguir explicar esse tema de forma clara, já que é muito técnico. 


Quando questionados sobre onde ficam as melhores fontes do jornalismo de educação, Thatiany e Alfano contam que é nas escolas que estão as melhores fontes para entender a realidade da educação. O contato com professores, estudantes e até mesmo grêmios estudantis faz com que surjam pautas baseadas na necessidade de dentro dos ambientes escolares. “Você vai na porta da escola, conversa com as pessoas e descobre um monte de coisa”, diz Alfano.


O 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação da Jeduca conta com o patrocínio master de Fundação Itaú, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e YouTube, patrocínio ouro de Fundação Lemann, Fundação Telefônica Vivo, Instituto Sonho Grande e Instituto Unibanco, patrocínio prata de Instituto Península e Santillana Educação, apoio do Instituto Ibirapitanga, Fecap, Canal Futura, Colégio Rio BrancoConsulados dos EUA no Brasil, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e Loures Consultoria e apoio institucional da Abraji, Ajor, Unesco MIL Alliance, Énois, Jornalistas&Cia, Instituto Palavra Aberta e Núcleo Jornalismo.

 

Confira abaixo a mesa completa:

 


* A cobertura oficial do 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação foi realizada por estudantes, recém-formados e jornalistas integrantes da Redação Laboratorial do Repórter do Futuro, da OBORÉ. A equipe opera sob coordenação do Conselho de Orientação Profissional e do núcleo coordenador do Projeto, com o apoio da editoria pública e da equipe de comunicação da Jeduca (Associação de Jornalistas de Educação).

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