Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando neste site, você declara estar ciente dessas condições.
OK
A associação
Notícias
Guias
Congressos
Dados educacionais
Edital
Editora pública
Banco de fontes
CONTATO
ASSOCIE-SE
LOGIN ASSOCIADO
Alice Vergueiro/Jeduca
Congressos

Oficinas do 7º congresso trazem orientações sobre temas-chave da cobertura

A Jeduca compilou dicas e referências selecionadas pelos palestrantes nas formações oferecidas às pessoas que acompanharam presencialmente o evento

06/10/2023
Isabella Siqueira

O 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação da Jeduca, realizado nos dias 18 e 19 de setembro, em São Paulo, contou com oficinas para aqueles que estavam presencialmente no evento. As oficinas, oferecidas pela própria Jeduca e por parceiros e patrocinadores, foram momentos de aprofundamento em temas específicos e de colocar em prática determinados conhecimentos. 


A partir de indicações dos organizadores de cada oficina, a Jeduca reuniu dicas de cobertura e referências sobre as formações oferecidas. Confira a seguir os principais temas discutidos e os materiais recomendados: 


Na segunda-feira (18), Daniela Machado (Instituto Palavra Aberta/Educamídia) e Mariana Tokarnia (Agência Brasil/Jeduca) ministraram a oficina
“Jornalismo e educação midiática”, que abordou conceitos e habilidades referentes à educação midiática, bem como as políticas públicas que existem nesse campo. Confira algumas dicas da oficina que podem contribuir para o trabalho dos jornalistas:

  • Uma audiência capaz de compreender o trabalho e o papel da imprensa é fundamental para o futuro do jornalismo de qualidade. Nesse sentido, a transparência e clareza do jornalista com o público são essenciais como, por exemplo, na escolha das fontes e do tema de uma matéria.
  • As crianças e adolescentes compõem um público que está construindo o relacionamento com o jornalismo. Assim, a sugestão é buscar uma aproximação com escolas e o público jovem, tendo em vista as oportunidades para abordar o jornalismo previstas na BNCC (Base Nacional Comum Curricular). Vale lembrar que a Base inclui o desenvolvimento das habilidades de compreensão, criação e uso crítico das tecnologias digitais de informação e comunicação entre as 10 competências gerais que devem ser trabalhadas em toda a educação básica.
  • Uma maneira de contribuir para o consumo crítico informação são os debates sobre educação midiática que incluam, em especial, as habilidades ligadas ao desenvolvimento de uma visão mais reflexiva sobre os conteúdos que circulam na mídia

Para se aprofundar:

Projeto Educamídia, saiba mais aqui.

Live “Por que tem jornalismo na BNCC”, assista aqui.

Relatório da Unesco “Media and Information Literacy in Journalism”, leia aqui


Na oficina “Como pensar em uma estratégia multiformato em conteúdos jornalísticos”, organizada pelo Youtube (patrocinador master do evento), Lúcia Zaragoza (Youtube) e Allen Chahad (Vibra Digital) falaram sobre os novos formatos de conteúdo, a relação com a audiência e exemplos de como interagir e engajar o público. 


Uma plataforma multiformato como o YouTube oferece diversas possibilidades de veiculação de conteúdos, como os shorts e as lives em formato vertical ou horizontal.


Os shorts são vídeos verticais de até 60 segundos. Já as lives permitem a conexão e interação com o público em tempo real. Elas podem ser transmitidas por meio de celular, webcam ou codificadores (softwares que convertem vídeos digitais para transmitir no YouTube)


Segundo o
Relatório de Tendências da plataforma, a maioria do público adulto (68%) e dos jovens de 18-24 anos (71%) gostam de assistir vídeos em diferentes formatos (curto, longo, podcast e transmissões ao vivo).


Confira dicas de Lúcia e Chahad, que ofereceram a oficina também no dia 18:

  • É importante ajustar o formato com o conteúdo e o objetivo de comunicação a ser atingido. Ou seja, o ideal é primeiro ter clareza do objetivo a ser alcançado (por exemplo, incremento de alcance, nova audiência, aumento de inscritos, entre outros) e ajustá-lo ao que cada formato entrega de melhor. 

  • É importante se guiar pelas métricas de performance do canal disponibilizadas pelo próprio YouTube e testar formatos e tipos de conteúdo, até encontrar o “modelo ideal", de acordo com a sua audiência e seus objetivos de comunicação.

  • Um “criador multiformato” é aquele que se move com facilidade entre diferentes tipos de vídeo, criando fluxo de combinações que maximizam sua criatividade, alcance e receita.


Referências

Canal YouTube Criadores e outros recursos!, acesse o material aqui.

Como criar seus primeiros Shorts do YouTube, confira o conteúdo aqui.

Seis formas de turbinar seus Shorts com novas ferramentas de criação, leia aqui.
Comece a fazer transmissões ao vivo, confira as orientações aqui.

Guia "Conteúdo" no Analytics (classificação por "Vídeos", "Shorts", "Ao Vivo" ou "Posts"), assista o vídeo aqui.

 

A oficina “Educação integral como um pilar para o amanhã”, organizada pela Fundação Itaú (patrocinadora master do evento) , foi ministrada por Bruno Truzzi (Itaú Cultural), Diogo Tsukumo (Itaú Educação e Trabalho), Guilherme Gonçalves (Itaú Cultural) e Patrícia Guedes (Itaú Social), que abordaram esse modelo de ensino na perspectiva da redução de desigualdades.


Eles falaram, entre outros pontos, sobre os impactos da educação em tempo integral para o desenvolvimento e aprendizagem dos estudantes e dos desafios da implementação no país. A oficina também enfocou a importância de se valorizar a arte e cultura na formação de crianças e jovens.


Referências

Arte e Esporte – Relação com o desenvolvimento integral” (2019), veja o estudo aqui.

Pesquisa "Percepções e desafios dos anos finais do ensino fundamental nas redes municipais de ensino" - 2023, leia o estudo aqui.

Análise do Itaú Social sobre o Programa Escola em Tempo Integral, acesse aqui.

 

No segundo dia (19) do congresso, o jornalista Sérgio Spagnuolo (Núcleo) apresentou a oficina “Como tirar proveito da IA para suas reportagens”, que teve como tema as possibilidades da inteligência artificial no trabalho jornalístico. 


O jornalista alertou sobre alguns riscos da inteligência artificial, como a reprodução da desinformação em massa e violações de direitos autorais, entre outros. 


Em contrapartida, mostrou como a IA pode ter aplicações no jornalismo, sendo útil para aprimorar textos e limpeza e tratamento de dados, por exemplo.
Na oficina, ele mostrou como, com prompts de comando (programas) corretos, a inteligência artificial pode resumir um texto e deixá-lo 15% menor, reescrevê-lo com menos verbos ou até ampliar seu escopo para incluir redes sociais no argumento.


Com o
ChatGPT e a ferramenta D3, por exemplo, o jornalista pode inserir um conjunto de dados e pedir à ferramenta a criação de um gráfico interativo, além de personalizar as colunas e cores a partir de prompts de comando. Mas existem outras citadas na oficina, como a Claude e o PaLM 2 (Google Bard).


Referências 

Dartmouth Summer Research Project: The birth of Artificial Intelligence, leia aqui.

Webinário (em inglês) sobre o ChatGPT, jornalismo e storytelling realizado pelo ICFJ (International Center for Journalists), assista aqui.

 

Na oficina “Como evitar o capacitismo na cobertura sobre deficiência e inclusão”, organizada pela Énois em parceria com o Coletivo Libras na Quebrada, a jornalista Sanara Santos falou sobre os tipos de capacitismo que existem - médico, recreativo e institucional -, apontou exemplos de frases capacitistas e apresentou uma “caixa de ferramentas”


A caixa
foi criada com base em pesquisa, experimentação e coleta de práticas em organizações jornalísticas pela Énois, que definiu seis pilares da diversidade estratégica - áreas de organizações que podem ser estruturadas a partir da representatividade: audiência, cultura, distribuição, equipe, gestão e produto. 


Confira algumas dicas sobre o tema:

  • Evite diminuir ou tratar pessoas com deficiência como heroínas por conviverem com a deficiência.

  • É importante olhar para si mesmo enquanto jornalista e para dentro da redação, estimulando a formação e capacitação de lideranças e o debate sobre capacitismo, acessibilidade e inclusão.

  • Coloque pessoas com deficiência em destaque, não somente como personagens e fontes nas reportagens, mas como parte da construção do fazer jornalístico.


Perfis de influenciadores para acompanhar:

TiaGuinn (@tiaguinmc_crc) é rapper, MC e criador de conteúdo que fala sobre o cotidiano de uma pessoa com deficiência física, confira o perfil aqui.

Isadora Nascimento (@olharcotidiano) é advogada, consultora em audiodescrição e criadora de conteúdo que fala sobre sua vivência como pessoa com deficiência visual, relatando casos de capacitismo e situações do cotidiano, confira o perfil aqui

Maria Paula Vieira (@maaria_vieira) é jornalista e influencer e fala em suas redes sociais sobre acessibilidade a partir da sua experiência como pessoa com deficiência física, confira o perfil aqui.

 

A importância e as especificidades da cobertura da primeira infância foram abordadas na oficina “Primeira infância em pauta: porque e como cobrir o começo da vida”, organizada pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (patrocinadora máster do evento) com Carolina Vilaverde, Leila Souza, Luana Rodrigues e Sheila Ana Calgaro. 


A pauta da educação infantil foi explorada na oficina, que trouxe um panorama geral sobre a etapa de ensino no Brasil e apresentou dicas para a cobertura jornalística do tema. Também foi contextualizada a importância da primeira infância para o desenvolvimento infantil e também de toda a sociedade. Na oficina, foram apontados enganos comuns dos jornalistas ao cobrir a pauta da primeira infância e cuidados ao entrevistar crianças pequenas.

  • Use pesquisas e estudos de especialistas reconhecidos em suas áreas de atuação e instituições voltadas à garantia dos direitos da criança dá mais consistência e credibilidade aos textos.

  • Priorize imagens de crianças ativas, que estejam claramente fazendo algo ou interagindo com alguém e evite mostrar crianças em situação vexatória, ou constrangedora.
  • Para que as crianças não apareçam apenas de maneira decorativa nas reportagens, procure dar o exemplo, ouvindo-as e citando-as, sempre que possível, nos assuntos que lhes dizem respeito e evitando estereótipos.


Referências

Primeira infância em pauta, leia o guia completo aqui.

Primeira infância primeiro, acesse a plataforma aqui.

Biblioteca da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, acesse aqui.

 

Assista ao vídeo sobre as oficinas do 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação:

 

#oficinas #coberturajornalistica #jeduca2023 #jeduca #7congressointernacionaldejornalismodeeducacao

PARCEIROS FINANCIADORES
PARCEIROS INSTITUCIONAIS
ASSOCIAÇÃO DE JORNALISTAS DE EDUCAÇÃO