De que maneira a pandemia de covid-19 afetou (e ainda afeta) a vida escolar dos jovens? Esta pergunta foi o ponto de partida da série de vídeos “Jovens na pandemia”, produzida pela Jeduca especialmente para o 5.º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação.
Alinhada com o tema central do evento, “A pandemia e as desigualdades educacionais”, a série traz experiências de cinco jovens, um de cada região do país, no cenário da suspensão das aulas presenciais e do ensino remoto desde que a epidemia de covid-19 atingiu o Brasil. Os protagonistas pertencem a grupos que sofreram intensamente os efeitos das desigualdades que perpassam a escola, os estudos e seus projetos de futuro nesse contexto.
Os vídeos foram realizados por cinco jornalistas ligadas ao Lição de Casa, projeto de jornalismo independente e colaborativo, que investiga os impactos da pandemia na educação brasileira, e à Redação Virtual, parceiros da Jeduca nesta iniciativa e serão apresentados ao longo do congresso. O roteiro e edição são de Fernanda Balsalobre. A coordenação da pauta é de Marta Avancini, editora pública e de conteúdo da Jeduca.
O 5.º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação da Jeduca acontece de 27 de setembro a 1.º de outubro em plataforma online com acesso exclusivo para os participantes.
O primeiro vídeo da série, apresentado na abertura da mesa “Desigualdades educacionais, covid-19 e pós-pandemia”, conta a história de com a realidade de Gabriel Figueiredo, que mora em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Ele abandonou a escola em 2020 porque teve que ajudar no sustento da família, que perdeu renda no contexto da pandemia. Com a busca ativa, realizada pela escola, ele retomou os estudos, mas continua trabalhando. Ele quer fazer o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em 2021. A produção e a reportagem ficaram a cargo da jornalista Bibiana Maia, que além de participar do Lição de Casa, escreve para veículos como Folha de São Paulo, UOL, Vice, Projeto Colabora e Draft.
O segundo vídeo da série mostra como a pandemia impactou o sonho da jovem Ester Cutrim Araújo, que mora em Aparecida de Goiânia (GO), de ingressar no ensino superior. Ela chegou a desistir de fazer o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) porque se sentia em desvantagem em relação aos estudantes da rede privada, porém mudou de ideia após ser convencida por professores a persistir no seu projeto. O vídeo foi realizado por Stéphanie Araújo, estudante de Jornalismo na UFG (Universidade Federal de Goiás), integrante do Coletivo Magnífica Mundi e do Grupo de Pesquisa Pindoba da UFG.
Em Recife (PE), a jornalista Victoria Alvares acompanhou a rotina do jovem Arthur Gomes Backô, de 15 anos, que tem autismo. Por conta da pandemia, ele parou de frequentar a escola e está sendo educado em casa pela mãe. Ele também frequenta uma instituição especializada.
A videorreporter Luiza Nobre acompanhou jovens indígenas em aldeias no norte do Amapá e mostrou como eles se organizaram em comunidade para ter acesso às aulas e atividades escolares durante o ensino remoto. Luiza é estudante de jornalismo na Unifap (Universidade Federal do Amapá), fotógrafa e radialista, produzindo e co-apresentando o radiojornal Café com Notícia (90.9FM) em Macapá. ´
O quinto e último vídeo da série relata a história de Kauani da Silva de Abreu, de 18 anos. Ela estuda numa escola pública de Guaíba (RS) e decidiu permanecer no ensino remoto, mesmo após a retomada presencial, por medo de se contaminar. O vídeo é da joralista Emiliene Lopes, que atua como freelancer, trabalhando em projetos de cultura e gastronomia.
O 5.º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação conta com o patrocínio de Fundação Lemann, Fundação Telefonica Vivo, Instituto Unibanco, Itaú Social, Itaú Educação e Trabalho, e apoio do Colégio Rio Branco e Loures Consultoria.