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Violência no Rio: jornalista fala sobre efeito em escolas

Paula Ferreira fez parte de equipe de O Globo que venceu o Prêmio Esso com série sobre educação em áreas de conflito, como o Complexo da Maré

14/02/2018
Mariana Tokarnia

Da Newsletter da Jeduca

 

A cobertura dos efeitos da violência nas escolas exige sensibilidade na apuração e cuidado extra no tratamento das informações. Essa é a principal lição que a jornalista Paula Ferreira extraiu de sua participação na série premiada de reportagens “Educar em áreas de conflito”, publicada pelo jornal O Globo em junho de 2015.

 

Atualmente, o tema da violência no Rio de Janeiro voltou fortemente ao noticiário, com a crise financeira do estado e o conflito que inclui polícia, traficantes e milícias. Só neste início de ano, dezenas de pessoas já foram baleadas no Rio. Crianças e adolescentes foram mortos na última semana.

 

Paula conta nesta edição do “Fala, Jornalista”, o podcast da Jeduca que entrevista repórteres que atuam na área da educação, o que aprendeu na cobertura e o que trouxe para seu dia-a-dia como setorista de educação no Rio de Janeiro. 

 

Ouça o podcast:

 


 

 

Segundo Paula, a dica mais importante é olhar o contexto geral da escola antes de julgar o desempenho de seus alunos em avaliações externas, por exemplo. “As pessoas muitas vezes questionavam os resultados da escola sem parar para pensar que aquele aluno tinha passado a noite toda escutando tiro, que, quando chegava na escola, não tinha o menor poder de concentração. As aulas eram o tempo todo interrompidas com conflitos e os professores não conseguiam desenvolver bem o conteúdo”, diz a jornalista.

 

Na entrevista, Paula conta como foi a preparação da equipe de reportagem para visitar uma escola dentro da comunidade da Maré. E também como se surpreendeu ao conversar com os alunos. "Eu não precisava perguntar nada para as crianças, o primeiro aspecto que eles falavam comigo, espontaneamente, era 'tem muito tiro aqui', 'às vezes eu brinco de me jogar no chão com meus amigos', de tão presente que é a violência na realidade deles.”

 

Os dados mostram como os profissionais da educação são prejudicados pela violência. Questionários respondidos por professores durante a Prova Brasil mostram que 22,6 mil foram ameaçados e 4,7 mil sofreram atentados à vida nas escolas em que lecionam. Mais de 2,3 mil professores afirmaram que estudantes frequentaram as aulas com armas de fogo e 12 mil disseram que havia alunos com armas brancas, como facas e canivetes.

 

Em ano de eleições, com a pauta da segurança em destaque, Paula recomenda aos jornalistas que escrevem sobre educação cuidado ao abordar o tema. "Na matéria, é sempre importante ponderar, existe uma questão de autoestima.  Ninguém quer ler no jornal que a sua escola é o pior ambiente do mundo para se estudar. Importante ter o cuidado de contextualizar muito bem tudo".

 

A série, que contou com a participação de outros repórteres, recebeu o Prêmio Esso de Educação e foi a terceira colocada no prêmio da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação) naquele ano.

 

Hashtag: Se você quer ter a sua matéria divulgada na Newsletter da Jeduca, publique o link nas redes sociais com a #conteprajeduca, para que possamos encontrá-la! O espaço é aberto a autores de matérias de educação, mesmo quem não é associado da Jeduca 

 

 

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