O 4.º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação da Jeduca reuniu 1.048 pessoas, entre participantes, palestrantes e mediadores, de todas as Unidades da Federação e de 8 países, além do Brasil. Desse total, 1.005 são participantes, 35 palestrantes e 10 mediadores.
O evento, realizado de forma online por causa da pandemia de Covid-19, aconteceu entre 19 e 23 de outubro.
Além do formato, a programação também foi adaptada ao cenário imposto pela pandemia. Originalmente, o tema do 4.º congresso da Jeduca seria “As desigualdades educacionais e as eleições municipais”, mas foi ajustado para “O jornalismo de educação na pandemia – O que fizemos até aqui e como continuamos na retomada”.
A programação, com atividades pensadas para atender aos interesses tanto de quem está começando na profissão, quanto de quem já possui mais experiência, foi composta por 10 mesas de debate e 2 mini-cursos, distribuídos nos cinco dias de evento. Todas as sessões contaram com tradução de Libras.
Entre os inscritos (um total de 1.358), predominaram os educadores (28,4%), jornalistas que produzem conteúdo (27,6%) e estudantes de jornalismo (24,5%). Para Renata Cafardo, vice-presidente da Jeduca, a forte presença de estudantes foi um saldo positivo do evento.
“É o máximo ver tantos estudantes interessados no jornalismo de educação e buscando se preparar, participando de um congresso como este, para atuar na área”, comenta. “Há 20 anos, isso era impensável, nem fazia parte do horizonte dos estudantes que estavam na faculdade pensar em cobrir a área da educação”.
Esse interesse contribui para o debate público e para a melhoria da educação. “Quanto mais gente se interessar, escrever e levar o tema para toda a sociedade, melhor será a educação”, analisa a vice-presidente.
Nesse sentido, vale destacar que o 4.º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação da Jeduca atraiu um público novo. Do total de inscritos, 85% não são associados à Jeduca e, dos que responderam a uma avaliação do evento, 85,8% não tinham participado de congressos anteriores.
Na avaliação de Renata, esse resultado é positivo e mostra que o fato de o congresso ter sido totalmente online atraiu um público novo. No entanto, ela considera que será necessário avaliar se, em 2021, a 5.ª edição do congresso da Jeduca seguirá neste formato. “Precisamos avaliar, dependendo das condições, da pandemia, se faremos um evento totalmente online ou híbrido. Um congresso presencial também possibilita muitas trocas ricas”, pondera.
Perfil do público
Os três estados com maior número de inscritos foram São Paulo (530), Mato Grosso do Sul (156) e Rio de Janeiro (105). Além disso, o evento contou participantes dos Estados Unidos (2), Moçambique (1) e Angola (1).
O gênero feminino predominou, correspondendo a 72% dos inscritos; 24,5% do total declararam ser do gênero masculino e 0,44% declararam pertencer a outro gênero.
A análise por raça/cor mostra que 64,8% dos inscritos são brancos, 23,6% pardos, 8,9% pretos, 1,9% amarelos e 0,58% indígenas.
Os mais jovens predominaram no universo de inscritos: 39,7% têm entre 20 e 30 anos e 24,8% têm entre 31 e 40 anos.
Palestrantes e programação
Os palestrantes eram de 13 Unidades da Federação diferentes (AM, BA, CE, DF, GO, MS, PE, RJ, RN, RR, RR, RS e SP) e de 7 países (Brasil, Chile, Espanha, Estados Unidos, Israel, Nigéria, Uruguai).
Entre os 10 mediadores, 5 mulheres e 5 homens de quatro unidades da federação (BA, DF, RJ e SP)
Para 76,4% dos que responderam a uma avaliação sobre o evento, os temas das mesas e mini-cursos foram “ótimos” e 77,3% classificaram os palestrantes como “ótimos”.
O 4.º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação teve o patrocínio da Fundação Lemann, Fundação Telefônica Vivo, Instituto Unibanco, Itaú Social, Itaú Educação e Trabalho, e apoio do Colégio Rio Branco e Loures Consultoria.
Leia o relatório do congresso aqui.