Os desafios e pontos-chaves da implementação do SNE (Sistema Nacional de Educação), criado a partir da Lei Complementar nº 235/2025, sancionada pelo Governo Federal no início de novembro, foram debatidos em webinário realizado pela Jeduca em 2/12.
Apelidado de “SUS da Educação”, em referência ao Sistema Único de Saúde, o SNE tem o objetivo de promover a integração das políticas públicas e a colaboração entre União, estados e municípios, além de organizar a atuação dessas esferas de poder na educação.
O evento discutiu o impacto do SNE no cotidiano escolar, o contexto histórico e político da nova lei e a cobertura deste tema.
O webinário teve participação de Carlos Roberto Jamil Cury, professor da PUC Minas (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais), Felipe Michel Braga, presidente do Foncede - Fórum Nacional de Conselhos Estaduais e Distrital de Educação), Gregório Grisa, secretário da Secretaria de Articulação Intersetorial e com os Sistemas de Ensino do Ministério da Educação, do MEC (Ministério da Educação), e Marlei Carvalho, vice-presidente da CNTE (Confederação Nacional do Trabalhadores em Educação).
Neste material, você encontra pontos de destaque do webinário e sugestões e dicas, sempre com o foco no apoio à cobertura do tema, de acordo com cada um dos participantes.
Para entender melhor o SNE, é preciso conhecer alguns dos mecanismos criados pela lei, como as comissões de pactuação, a Cite (Comissão Intergestores Tripartite da Educação) e as Cibes (Comissões Intergestores Bipartites da Educação), e o Inde (Infraestrutura Nacional de Dados da Educação), entre outros elementos da estrutura. Este material da Jeduca explica cada um deles.
A partir de uma perspectiva histórica e conceitual, o professor Roberto Carlos Jamil Cury abordou os elementos do SNE, que, como marco organizador, têm a finalidade de garantir sincronia interna e evitar disparidades entre os sistemas de educação. Ele destacou: “O foco é a unidade, não a uniformidade. É a diversidade, e não a homogeneidade”.
Pontos de atenção para a cobertura
O secretário Gregório Grisa destacou alguns elementos estruturantes do SNE, entre eles a Cite (Comissão Intergestores Tripartite da Educação), que juntamente com as Cibes (Comissões Intergestores Bipartite da Educação), concentra o esforço de pactuação do SNE.
A vice-presidente do CNTE, Marlei Carvalho, destacou os possíveis impactos do SNE no cotidiano da escola e a importância da incorporação do CAQi na legislação, visto que contempla, entre outros aspectos, a jornada dos trabalhadores de escolas públicas e a razão aluno-professor por turma, formação docente adequada, o piso salarial nacional do magistério e a infraestrutura física das unidades escolares.
Pontos de atenção para a cobertura
Devido a complexidade das redes de ensino e dos múltiplos atores da educação, Felipe Michel Braga, presidente do Foncede, destacou que a implementação do SNE deverá ser adaptativa, uma vez que o sistema “não nasce pronto”.
Assista ao webinário na íntegra: