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Daniel Lamir
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Pauta do Edital de Jornalismo concorre ao prêmio Vladimir Herzog

Reportagem sobre o impacto das mudanças climáticas no acesso à escola na região do semiárido nordestino, de Anelize Moreira e Camila Salmazio, foi uma das selecionadas no 3º Edital de Jornalismo de Educação da

06/10/2022
Redação Jeduca

A reportagem “Educação árida: mudanças climáticas dificultam acesso à escola”, assinada por Anelize Moreira e Camila Salmazio, resultado de pauta selecionada no 3.º Edital de Jornalismo de Educação da Jeduca e do Itaú Social, é finalista do 44.º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos na categoria Produção Jornalística em Texto.

 

Publicada no portal Lunetas, a matéria analisa o impacto do avanço da desertificação no semiárido de Alagoas e Pernambuco sobre a vida escolar de crianças, jovens e adultos. 

 

O Nordeste brasileiro é uma das três regiões do planeta - ao lado do sudeste australiano e da região mediterrânea - onde os rios estão secando, segundo o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) da ONU (Organização das Nações Unidas), segundo a reportagem. Essa dinâmica afeta a vida de 1,5 milhão de famílias que vivem na zona rural e vivem da agricultura de subsistência.

 

A desertificação e a perda de biodiversidade, decorrentes da alteração do regime de chuvas reduzem as possibilidades de renda das famílias, fazendo com que as crianças e adolescentes do semiárido sejam levados a interromper os estudos para ajudar no sustento da casa.

 

Além disso, meninas e meninos do semiárido enfrentam dificuldades no cotidiano que vão desde a falta de água para beber nos estabelecimentos de ensino ou para lavar o uniforme, até riscos nos longos trajetos no transporte da casa até a escola, devido à precariedade dos veículos e das estradas. 

 

A falta de políticas públicas, como a implantação de cisternas, também prejudica o acesso à escola, como detalha a reportagem. 

 

A jornalista freelancer Anelize Moreira comemora a indicação ao prêmio. “É uma honra e uma alegria enormes estarmos como finalistas ao lado de tantos trabalhos significativos em um período em que a democracia e o jornalismo estão sob ataque”, comenta ela. A matéria foi selecionada entre 528 trabalhos inscritos.

 

“Para mim a indicação significou muito, principalmente porque aponta que é possível fazer reportagens de qualidade de forma independente  como freelancer. A reportagem é fruto de uma bolsa, sem ela essa apuração não seria possível”, diz Anelize referindo-se ao Edital de Jornalismo de Educação da Jeduca e Itaú Social.


Camila Salmazio compartilha do sentimento. "Eu estou muito honrada. Estamos em um momento delicado, de desmonte da educação, de record de desmatamento, de um governo sem compromisso com o país e acho que o trabalho do jornalista é trazer essas questões, contar essas histórias e tornar isso público. Então fico feliz de estar cumprindo de alguma maneira essa premissa.  O Vladimir Herzog é um reconhecimento importante para o jornalista que trabalha com direitos humanos, é um símbolo de ânimo e esperança", afirma a jornalista, que atua como repórter no portal Brasil de Fato.

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"E saber que a gente conseguiu viabilizar essa pauta através de uma bolsa proporcionada pela Jeduca é ainda mais importante, porque acabamos conectando iniciativas que acreditam nessas  mesmas questões. Costumo dizer que jornalismo não se faz sozinho nunca, e acho que encontramos muita gente boa pelo caminho pra chegar nesse resultado", complementa Camila.

O Edital tem como objetivo estimular a produção de reportagens e trabalhos de conclusão de curso no campo do jornalismo de educação. São duas categorias: Jornalista e Estudante. Na primeira categoria, são oferecidas bolsas de R$ 8 mil para a realização de uma reportagem. E na segunda, prêmios que variam de R$ 3 mil a R$ 1 mil para TCCs (Trabalho de Conclusão de Curso).

 

O financiamento possibilitou que Anelize e Camila se dedicassem à pauta, além de arcarem com o custo para contratar um repórter da região para coletar informações e fazer fotografias.

 

Inicialmente, as jornalistas tinham a intenção de ir até as comunidades, mas a viagem acabou sendo suspensa por causa da alta de preços dos combustíveis em 2021. “A maior dificuldade para a gente foi não conseguir ir até as comunidades. As passagens de ônibus e de avião aumentaram muito, o que inviabilizou o nosso planejamento. A solução foi contratar um jornalista para ser os nossos olhos por lá”, explica Camila.

 

 

Refugiados

Em 2021, outra reportagem resultante de uma pauta selecionada pelo Edital de Jornalismo de Educação foi premiada: a série de reportagens sobre os impactos da migração venezuelana nas escolas públicas de Roraima, da jornalista Vanessa Vieira. foi uma das vencedoras da segunda edição do Prêmio Sul-Americano de Jornalismo sobre Migração da OIM (Organização Internacional para as Migrações). O trabalho foi um dos escolhidos entre 120 inscrições.

 

A jornalista Vanessa Vieira recebe o prêmio da OIM

 

A série de quatro reportagens, publicadas no Correio do Lavrado, de Roraima, resultou da pauta apresentada por Vanessa no 1.º Edital de Jornalismo de Educação

 

“A partir desse prêmio, escrevi uma outra reportagem (com o mesmo personagem inclusive) e ganhei menção honrosa no Prêmio Paulo Freire de Jornalismo”, explica Vanessa, mencionando o prêmio jornalístico do Consed (Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Educação). 

 

A segunda reportagem citada Vanessa foi produzida com uma bolsa oferecida pela OIM aos jornalistas premiados para reportagens sobre migração e desenvolvimento sustentável, a partir de tutoria com especialistas da Fundação Gabo, criada pelo jornalista e Nobel de Literatura colombiano Gabriel García Márquez.

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