Dois dias de debate, 21 atividades, entre mesas de discussão, palestras, cases de jornalismo e oficinas de formação. Este é o balanço final do 9º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação.
O congresso, que foi realizado nos dias 25 e 26 de agosto, reuniu 645 pessoas, sendo 426 no evento presencial e 219 remotamente.
“Ajudar a qualificar a cobertura de educação no Brasil inteiro, por isso tem temas super importantes e que estão na pauta do dia, desde democracia até as desigualdades educacionais, índices de alfabetização e matemática”, afirmou Thais Borges, diretora da Jeduca e repórter do Jornal Correio (BA), sobre a programação do #Jeduca2025.
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“Já vemos uma mudança no perfil dos jornalistas que se formam, que já tem essa ideia de trabalhar com educação desde a faculdade. Vemos pelas pesquisas que realizamos, que os jornalistas que cobrem educação tem menos de dez anos de profissão, são jornalistas jovens e engajados”, completou Renata Cafardo, presidente da Jeduca e repórter do Estadão.
30 bolsistas de 24 unidades da federação vieram a São Paulo para participar do evento presencial. Eles foram selecionados entre 160 inscrições de profissionais de todo o país, com base em critérios de diversidade regional, de gênero, raça e etnia, além do perfil de atuação.
Ao comentar os temas abordados na programação, Hellen Lirtês, jornalista de Rio Branco (AC) e uma das bolsistas desta edição, afirmou: “Senti que é muito importante estarmos mais atentos aos dados, ouvir a parte científica e estar mais próximos dos contextos que tornam o jornalismo ainda mais jornalismo.”
“Mais uma vez, recebemos bolsistas de todas as regiões, o que complementa esse olhar para quem faz jornalismo local, essa cobertura de educação em outros territórios”, pontuou Cintia Gomes, diretora da Jeduca e da Agência Mural.
Nesta edição do Congresso da Jeduca, a programação trouxe temas relevantes para a cobertura de educação e o trabalho jornalístico diário, como o cenário de alfabetização dos estudantes brasileiros, a relação da educação com a COP30, o jornalismo nas redes sociais e os desafios do ensino superior, entre outros.
A maior parte da programação completa do #Jeduca2025 está disponível no canal de YouTube da Jeduca, confira a Playlist.
A educação matemática foi um dos principais temas da programação do primeiro dia. Na palestra que abriu o evento, Jo Boaler, professora de Educação Matemática da Universidade de Stanford, apresentou evidências recentes sobre como o cérebro aprende matemática e as novas abordagens que têm surgido para um ensino mais criativo e equitativo.
A sessão de abertura do segundo dia contou com os influenciadores e edutubers Professor Noslen (@ProfessorNoslen) e Rafaela Lima (@MaisCienciasRafaela). Eles falaram sobre os desafios da criação de conteúdo e de promover educação midiática nas plataformas digitais.
No final da manhã, os congressistas ainda acompanharam uma palestra do jornalista e professor norte-americano Bruce Shapiro, editor executivo da Global Center for Journalism and Trauma, sobre os impactos do trauma e estresse no cotidiano do trabalho jornalístico e práticas de autocuidado para profissionais.
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O #Jeduca2025 recebeu 59 palestrantes e mediadores, entre eles 34 mulheres e 25 homens. Dentre os participantes, estiveram a secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Schweickardt, e os jornalistas Marcelo Lins, da GloboNews, e Bianca Santana, colunista da Folha de S. Paulo e comentarista do Jornal da Cultura.
O segundo dia de evento teve a presença do médico hebiatra Felipe Fortes, Márcia Lima, professora da FFLCH-USP e coordenadora do Afro Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), e Rafaelly Wiest, ativista e diretora administrativa da Aliança Nacional LGBTI+.
A apresentação de cases de jornalismo local ou periférico foi uma das novidades desta edição. Foram apresentados quatro cases nesta edição: série Educação Inclusiva, do Site Eficientes;. o Lições da Amazônia, do Amazônia Vox, o podcast Vale Nota - Ensino Médio SP, produzido pela Agência Mural e a série Sertão do Futuro, da Cajueira.
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As oficinas de formação, realizadas apenas para o público que acompanhava presencialmente, trataram de temas relevantes não apenas para a cobertura de educação, mas também para a rotina do trabalho jornalístico.
No contexto da tramitação do novo Plano Nacional de Educação no Congresso Nacional e da realização da COP30, em novembro, em Belém (PA), uma das oficinas abordou a educação indígena e quilombola.
As demais oficinas discutiram como jornalistas podem incorporar ferramentas de inteligência artificial nas atividades cotidianas e a utilizar dados sobre alfabetização funcional e estudantes LGBTIQ+ na cobertura, além de apresentarem estratégias de comunicação para contar histórias de pessoas em situação de vulnerabilidade social.
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Outra novidade deste ano foi a cobertura em tempo real nas redes sociais, principalmente no Instagram e Tik Tok da associação. O foco da cobertura foi a produção de 25 pequenos vídeos, que destacaram os bastidores do congresso, as mesas de debate, com os bolsistas, público e com a equipe Jeduca.
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O 9º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação da Jeduca contou com o patrocínio de Imaginable Futures, Instituto Unibanco, Fundação Bradesco, Fundação Lemann, Fundação Itaú, Arco Educação, Fundação Telefônica Vivo, Grupo Eureka, Instituto Ayrton Senna, Instituto Natura e Santillana Educação e apoio da Fecap, Instituto Sidarta, do Colégio Rio Branco e da Loures. Conta também com apoio institucional da Abej, Abraji, Ajor, Canal Futura, Coalizão em Defesa do Jornalismo e Instituto Palavra Aberta.
