Dois dias de debates, 13 mesas, 6 oficinas, 58 palestrantes e um público de 643 pessoas entre aquelas que acompanharam o evento presencialmente e a distância. Este é o balanço em grandes números do 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação da Jeduca.
O evento, que teve como tema “Que sociedade queremos? O jornalismo de educação no debate nacional”, ocorreu nos dias 18 e 19 de setembro na Fecap, em São Paulo.
É possivel fazer a inscrição para assistir às mesas gravadas, com emissão de certificado até o dia 20/10. Inscreva-se aqui.
Os debates foram realizados em torno de pautas centrais para a educação e o jornalismo na atualidade, incluindo mesas sobre a educação antirracista, o Novo Ensino Médio na perspectiva de estudantes, o papel da educação midiática para o jornalismo, ataques violentos contra escolas, o lugar da tecnologia na educação, além da cobertura de educação no cenário político do país e em outras editorias.
Um dos destaques do evento foi a presença do ministro da Educação, Camilo Santana, que concedeu entrevista no segundo dia de congresso.
“Este ano foi um ano de voltar a discutir políticas educacionais, de voltar a conversar com o governo federal, por isso foi muito simbólico ter a presença do ministro”, comenta a presidente da Jeduca, Renata Cafardo.
Além da conexão com grandes temas da atualidade, outra marca do 7º congresso da Jeduca foi a diversidade no público e entre palestrantes. Ao longo dos anos, a Jeduca adota como prática oferecer bolsas para jornalistas que atuam regionalmente participarem presencialmente do evento com o objetivo de intensificar o contato deles com a pauta da educação e contribuir para a qualificação da cobertura.
Em 2023, além do critério regional, a diversidade de raça/cor foi um dos aspectos considerados na seleção do grupo de 30 jornalistas de 22 Unidades da Federação, que foram contemplados com uma bolsa para acompanhar o evento presencialmente em São Paulo. Leia mais aqui.
Na programação, um dos destaques foi a mesa da abertura, “Educação antirracista: a voz preta na história”, com Nikole Hannah-Jones e Tiago Rogero, jornalistas autores de projetos que recontaram as histórias de seus países - Estados Unidos e Brasil, respectivamente – a partir da perspectiva dos negros. Nikole é a criadora do The 1619 Project, do New York Times Magazine, e Rogero, do podcast Projeto Querino, produzido pela Rádio Novelo e inspirado no projeto de Nikole.
Outro destaque foram as mesas mesas voltadas para discussão sobre os ataques violentos às escolas. Uma delas contou com a presença de especialistas como a pesquisadora norte-americana Sherry Towers, uma das referências em pesquisas sobre o impacto da cobertura da imprensa nos ataques à escolas e a pesquisadora da Unicamp Telma Vinha, além dos jornalistas que participaram dessas coberturas. Em outra, jornalistas falaram sobre os desafios da cobertura desse tipo de evento. Saiba mais aqui e aqui.
O congresso também contou, entre os palestrates, com alunos e professores: três estudantes secundaristas de Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo falaram sobre suas experiências e impressões a respeito do Novo Ensino Médio; e, docentes de diferentes partes do país contaram como lidam com violência na escola e com ataques violentos contra essas instituições - a terceira mesa do evento sobre ataques violentos contra escolas.
As questões do jornalismo foram tema de diversas mesas. “Neste congresso, a gente buscou trazer assuntos que pudessem contribuir para a prática jornalística em si”, afirma Mariana Tokarnia, vice-presidente da Jeduca, referindo-se especialmente às mesas sobre jornalismo de soluções e educação midiática.
No que diz respeito à cobertura de educação, foram realizados debates sobre a pauta jornalística em outras editorias, o atual cenário da cobertura do tema e sobre o que dá audiência no jornalismo de educação. O papel da educação na superação dos grandes desafios nacionais também foi abordado em uma mesa.
Desse modo, outro destaque foram as oficinas que abordaram temas como o uso da inteligência artificial no jornalismo, escolha do formato mais adequado para diferentes conteúdos, como evitar o capacitismo em reportagens, o papel do jornalismo para a educação midiática, além de educação em tempo integral e a cobertura jornalística sobre primeira infância.
Assista ao vídeo sobre o evento:
O 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação da Jeduca contou com o patrocínio master de Fundação Itaú, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e YouTube, patrocínio ouro de Fundação Lemann, Fundação Telefônica Vivo, Instituto Sonho Grande e Instituto Unibanco, patrocínio prata de Instituto Península e Santillana Educação, apoio do Instituto Ibirapitanga, Fecap, Canal Futura, Colégio Rio Branco, Consulados dos EUA no Brasil, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e Loures Consultoria e apoio institucional da Abraji, Ajor, Unesco MIL Alliance, Énois, Jornalistas&Cia, Instituto Palavra Aberta e Núcleo Jornalismo.